Acórdão n.º 9202-010.610

RECURSO ESPECIAL DA PROCURADORIA no processo n.º 11080.730589/2016-13.

Julgado em 21/12/2022.

Contribuinte: EDISON PEREIRA RODRIGUES.

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF) Exercício: 2011, 2012, 2013 SIMULAÇÃO. RECLASSIFICAÇÃO DE RECEITA TRIBUTADA NA PESSOA JURÍDICA PARA RENDIMENTOS DE PESSOA FÍSICA. APROVEITAMENTO DOS TRIBUTOS PAGOS NA PESSOA JURÍDICA. A compensação dos tributos já pagos sobre os rendimentos lançados, ainda que pela pessoa jurídica, constitui consequência direta do próprio lançamento, e pode ser determinada de ofício pela autoridade julgadora, se não tiver sido implementada pela Fiscalização.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer do Recurso Especial e, no mérito, por maioria de votos, em negar-lhe provimento, vencida a Conselheira Sonia de Queiroz Accioly, que lhe deu provimento. Manifestou a intenção de apresentar declaração de voto a Conselheira Sonia de Queiroz Accioly. (assinado digitalmente) Carlos Henrique de Oliveira - Presidente em Exercício (assinado digitalmente) Mário Pereira de Pinho Filho – Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros Eduardo Newman de Mattera Gomes, Ana Cecilia Lustosa da Cruz, Mario Pereira de Pinho Filho, Joao Victor Ribeiro Aldinucci, Sonia de Queiroz Accioly (suplente convocada), Marcelo Milton da Silva Risso, Rita Eliza Reis da Costa Bacchieri, Carlos Henrique de Oliveira (Presidente). Ausentes o conselheiro Mauricio Nogueira Righetti, substituído pela conselheira Sonia de Queiroz Accioly; e a conselheira Sheila Aires Cartaxo Gomes.

  • Compensação
  • Lançamento
  • Imposto de Renda
  • IRPF

  • Veja também:

    Acórdão n.º 2401-010.692
  • Compensação
  • Lançamento
  • Nulidade
  • Imposto de Renda
  • Auto de infração
  • Mora
  • IRRF
  • IRPF
  • Procedimento de fiscalização
  • RECURSO VOLUNTARIO no processo n.º 10580.720258/2008-61.

    Julgado em 07/12/2022.

    Contribuinte: ADRI VIANA LAGO.

    ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF) Ano-calendário: 2004 INOVAÇÃO NO LANÇAMENTO. MANUTENÇÃO DA COBRANÇA POR INFRAÇÃO E FUNDAMENTOS DISTINTOS DO AUTO DE INFRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Às autoridades julgadoras de primeira instância não compete o aprimoramento do lançamento realizado. A adoção de critérios novos para a manutenção do lançamento, em conteúdo diverso daquele inicialmente utilizado, importa em efetiva nulidade da atuação das autoridades julgadoras. NULIDADE. DECISÃO DE MÉRITO. Quando se puder decidir o mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta. RRA. DEDUÇÃO DO IRRF EFETIVAMENTE COMPROVADO. O contribuinte possui direito à dedução do IRRF efetivamente comprovado por documentação idônea relativamente ao RRA, nos termos do art. 12, da Lei nº 7.713/88, em sua redação original, vigente à época. RRA. DESPESAS COM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E PERICIAIS. DEDUÇÃO PROPORCIONAL ÀS VERBAS TRIBUTÁVEIS. O contribuinte faz jus à dedução dos valores efetivamente comprovados por documentação idônea relativamente às despesas com honorários advocatícios e periciais, na proporção das verbas do RRA sujeitas à tributação, conforme art. 12, da Lei nº 7.713/88, em sua redação original, vigente à época. RESTITUIÇÃO RECEBIDA A MAIOR. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO DE OFÍCIO NO CURSO DA FISCALIZAÇÃO. PROCEDIMENTO SEM PREVISÃO EM LEI. Os valores de restituição de IRPF recebidos a maior devem ser objeto de formalização e de cobrança específica, por meio de auto de infração, sendo vedada a respectiva dedução do montante de tributo comprovadamente retido na fonte no curso do procedimento fiscal, sob pena de configurar compensação de ofício sem previsão na legislação tributária.

    Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, rejeitar a preliminar e, no mérito, dar provimento ao recurso voluntário. (documento assinado digitalmente) Miriam Denise Xavier - Presidente (documento assinado digitalmente) Renato Adolfo Tonelli Junior – Relator Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Jose Luis Hentsch Benjamin Pinheiro, Rayd Santana Ferreira, Renato Adolfo Tonelli Junior, Matheus Soares Leite, Wilderson Botto (suplente convocado(a)), Miriam Denise Xavier (Presidente)

    Mais informações
    Acórdão n.º 2001-005.372
  • Compensação
  • Lançamento
  • Empresa
  • IRPJ
  • Imposto de Renda
  • IRRF
  • Erro
  • IRPF
  • RECURSO VOLUNTARIO no processo n.º 10120.720096/2011-84.

    Julgado em 19/12/2022.

    Contribuinte: MARIA ESPERIDIAO ABRAO.

    ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF) Ano-calendário: 2007 EMENTA COMPENSAÇÃO. VALORES ALEGADAMENTE RETIDOS POR FONTE PAGADORA DE RENDIMENTO. AUSÊNCIA DE REGISTRO NA DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE (DIRRF). FALTA DE REGISTRO NA OPERAÇÃO NA DIMOB. CARÊNCIA DE REGISTRO NA DIRPJ DA FONTE PAGADORA. AUSÊNCIA DA COMPROVAÇÃO DAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS DE TRANSFERÊNCIA DE DISPONIBILIDADE ECONÔMICA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA DESPROPORCIONALIDADE DESSES MEIOS DE PROVA. MANUTENÇÃO DO LANÇAMENTO. Segundo a legislação de regência, se houver a retenção de valores pela fonte pagadora de rendimentos, o sujeito passivo pode compensar tais quantias no cálculo do IRPF devido, independentemente do efetivo recolhimento. Em regra, a prova da retenção é feita pela declaração emitida pela fonte pagadora, que tem função vicária dos respectivos registros financeiros, emitidos pelas instituições bancárias. Na hipótese de a declaração ser omissa ou conter erro, o sujeito passivo pode comprovar a retenção por outros meios, como, exemplificativamente, a apresentação dos registros bancários de pagamento e o Carnê-Leão (se aplicável). Sem prova da retenção, a circunstância de a DIRRF ser omissa impede o restabelecimento da compensação pleiteada.

    Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em negar provimento ao Recurso Voluntário. (documento assinado digitalmente) Honorio Albuquerque de Brito - Presidente (documento assinado digitalmente) Thiago Buschinelli Sorrentino - Relator(a) Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Marcelo Rocha Paura, Thiago Buschinelli Sorrentino, Honorio Albuquerque de Brito (Presidente).

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    Acórdão n.º 2003-004.092
  • Processo Administrativo Fiscal
  • Compensação
  • Lançamento
  • Imposto de Renda
  • IRPF
  • RECURSO VOLUNTARIO no processo n.º 13643.720053/2011-98.

    Julgado em 27/09/2022.

    Contribuinte: MARIA NAIR TORRES.

    ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA (IRPF) Ano-calendário: 2008 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. NOTIFICAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE OFÍCIO DA MALHA DÉBITO. Constatada a apuração de imposto a restituir em exercício diverso ao do lançamento, tal valor pode ser utilizado para compensação de débito tributário constituído, a depender da manifestação ou não do interessado. APRESENTAÇÃO DE NOVAS ALEGAÇÕES E PROVAS NO RECURSO VOLUNTÁRIO. PRECLUSÃO DO DIREITO. As alegações de defesa e as provas cabíveis devem ser apresentadas na impugnação, precluindo o direito de o sujeito passivo fazê-lo em outro momento processual.

    Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Acordam os membros do colegiado, por unanimidade de votos, em conhecer parcialmente do Recurso Voluntário e na parte conhecida, negar-lhe provimento. (documento assinado digitalmente) Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez - Presidente (documento assinado digitalmente) Ricardo Chiavegatto de Lima - Relator(a) Participaram do presente julgamento os Conselheiros: Ricardo Chiavegatto de Lima, Wilderson Botto, Claudia Cristina Noira Passos da Costa Develly Montez (Presidente).

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